Rio em estado de alerta: a crise climática já é uma realidade

heloísa helena

Por Heloísa Helena

Heloísa Helena é um dos exemplos de meninas muito pobres que romperam a barreira da exclusão pela educação. Mora no Rio de Janeiro onde o pai, Luiz, trabalhou como pedreiro e onde o irmão nasceu. Enfermeira e professora, escolheu o Rio de Janeiro para morar pela identificação e pelo acolhimento que sempre teve na cidade onde obteve a maior votação para a candidatura presidencial em 2006, sendo a terceira mais votada. É porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade e obteve mais de 38 mil votos no estado em 2022 para deputada federal, ficando como primeira suplente.
Sertaneja e alagoana, Heloisa Helena se define como “um poço de ternura para quem merece e caldeirão de fervura para quem precisa”.

Rio em estado de alerta: a crise climática já é uma realidade

Recentemente a ONU divulgou dados alarmantes sobre o aumento do nível do oceano.

A previsão é de que, até 2050, o nível do mar poderá subir 21 centímetros na cidade do Rio de Janeiro, o que provocaria danos à vida e à economia, com o comprometimento do porto – um dos 10 maiores do país – e da atividade agrícola. 

A Lei Municipal 7715 de 2022 reconheceu o estado de emergência climática, estabeleceu metas de neutralização dos gases do efeito estufa e incluiu a participação da sociedade civil nos debates sobre a transição para uma economia livre de combustíveis fósseis e prioridade nas políticas públicas das comunidades vulneráveis.

O município do Rio, que tem vasta área de seu território com ocupações irregulares, vivenciou tragédias nas últimas décadas como resultado da falta de atenção adequada.

A resiliência climática, que consiste em iniciativas e estratégias que permitem a adaptação a um novo ambiente, diante das diversas mudanças em curso, ainda está longe de ser uma realidade por aqui.

Ela deveria contar com regras rígidas de ocupação e uso do solo, políticas para áreas sensíveis a desastres e reassentamento das populações em situação de vulnerabilidade.

A ampliação do sistema de alertas, o reflorestamento de encostas e a arborização do município são medidas fundamentais para a adaptação às mudanças climáticas.

A descaracterização da orla, com construções que comprometem a vegetação costeira e restinga, bem como o descarte irregular de lixo, devem ter atenção especial nas políticas públicas.

Práticas como a construção de jardins que drenam água da chuva são aliadas fundamentais neste enfrentamento.

E a participação efetiva da população é primordial para os resultados positivos nessa corrida contra o tempo.

Um xêro!

Gostou da Coluna da Heloísa?

Leia também:

Prefeitos, vereadores e meio ambiente

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima