Mariana Basília
Mariana Basílio, mãe, jornalista, bailarina e produtora. Apaixonada por arte, cultura e educação. Vítima de violência doméstica, mudou a própria história e de outras mulheres.
Devaneios da Mari
8 de março, Dia Internacional da Mulher, mas entendo que é uma data que transcende a mera comemoração; é um momento de reflexão profunda sobre a realidade das mulheres que enfrentam a violência doméstica e as amarras do patriarcado machista. Este dia não é apenas uma data no calendário, mas sim um farol de esperança para todas nós que buscamos justiça, igualdade e dignidade.
Como mulher que sobreviveu à violência doméstica, sei em primeira mão o quão vital é ter um dia dedicado a reconhecer nossas lutas e a reafirmar nosso compromisso de construir um mundo onde não sejamos mais subjugadas e silenciadas.
O dia 8 de março é um lembrete poderoso de que não estamos sozinhas em nossa luta, que há uma rede de solidariedade entre mulheres em todo o mundo, prontas para apoiar umas às outras.
Mas além de combater a violência de gênero, este dia também destaca a importância da presença das mulheres na política ativa.
É essencial que tenhamos voz e representação nos espaços de tomada de decisão, para que possamos moldar políticas que reflitam verdadeiramente nossas necessidades e aspirações. Quando as mulheres estão envolvidas na política, vemos uma maior sensibilidade às questões de gênero e uma maior probabilidade de mudanças significativas que promovam a igualdade.
É por isso que o dia 8 de março é um momento não apenas para celebrar as conquistas das mulheres, mas também para reafirmar nosso compromisso com a luta por igualdade em todas as esferas da vida. É um dia para honrar a coragem e a resiliência das mulheres que ousaram desafiar as normas estabelecidas e abrir caminho para as gerações futuras, inclusive, a nossa geração.
Portanto, todos os dias, renovemos nosso compromisso de resistir à violência e à opressão, enquanto também nos comprometemos a ocupar espaços de poder e influência para garantir que nossas vozes sejam ouvidas e nossos direitos sejam respeitados.
Que o dia 8 de março nos inspire a continuar lutando até que todas as mulheres possam viver livres da violência, do medo, dos abusos e do domínio patriarcal, e até que a igualdade de gênero seja uma realidade em todas as sociedades.
Mulher, caso precise de atendimento contra violência doméstica e familiar, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
Você também pode realizar denúncias pela página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço.
Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.