Por Mari Basílio
Mariana Basílio, mãe, jornalista, bailarina e produtora. Apaixonada por arte, cultura e educação. Vítima de violência doméstica, mudou a própria história e de outras mulheres.
Mãe solo e as políticas públicas
Ser mãe solo é como caminhar em uma corda bamba sem rede de segurança.
A falta de uma rede de apoio torna cada passo uma luta solitária, onde o equilíbrio entre as responsabilidades maternas e a vida pessoal é constantemente desafiado. Desde o momento em que me tornei mãe solo, percebi que o peso das decisões, das tarefas e das preocupações recaía inteiramente sobre meus ombros.
No mercado de trabalho, as barreiras parecem ainda mais altas. Conciliar horários, encontrar creches acessíveis e flexíveis, tudo isso se torna uma batalha constante.
A falta de políticas públicas que apoiem as mães solo torna essa luta ainda mais árdua.
O acesso a creches de qualidade, licença-maternidade estendida e programas de assistência financeira são essenciais para proporcionar um mínimo de estabilidade e segurança para mães e seus filhos.
As políticas públicas para mulheres e crianças deveriam ser um alicerce sólido, oferecendo não apenas suporte financeiro, mas também oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
A valorização da mulher como mãe e como profissional é fundamental para que ela possa prosperar em todos os aspectos de sua vida. É preciso reconhecer o imenso valor do trabalho materno e garantir que as mães tenham os recursos necessários para cuidar de si mesmas e de suas famílias.
Ser mãe solo é uma jornada desafiadora, mas também é uma prova de força, resiliência e amor incondicional. Enquanto lutamos por políticas públicas mais inclusivas e por uma sociedade que reconheça e valorize o papel das mães solo, continuamos a tecer os fios de uma rede de apoio que esperamos um dia não ser mais necessária, pois todas as mães merecem o suporte e o respeito que lhes são devidos.
E, para todas nós, mães, mães do ventre, do coração, solo, da vida, casadas... Feliz dia das mães!!!
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