Cultura da Baixada: bom momento atual e os desafios para o futuro
Vinícius Baião, ator e diretor renomado do Rio de Janeiro, disserta sobre os desafios enfrentados pela Baixada quanto ao incentivo à cultura.
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Ícaro concorreu pela primeira vez a vereador aos 18 anos. Ele traz nesse artigo sua visão sobre a participação da juventude na política.
Netto Santos é um jovem Amazônida que atua com transformação digital na Amazônia. Ele traz a visão sobre liderança e futuros possíveis.
O artigo vai falar sobre a luta das mulheres no Brasil e das ações da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da ALERJ.
A política de cotas nas eleições e a cultura política das eleitoras: como podemos aumentar a real ocupação dos cargos eletivos por mulheres?
Por Alice Peliçario Advogada Criminal, Especialista em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Assumiu cargos na Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Segurança Pública na Prefeitura de São Paulo, foi Chefe de Gabinete da Presidência da CMSP e Assistente Parlamentar. Uma das precursoras da Lei Maria da Penha, com o coletivo de mulheres do Fórum de Não Violência à Mulher. Palestrante, Escritora, Empreendedora Cívica e Líder RAPS. Atualmente , é CEO da startup Mulher-Windklub “ Mediando e Monitorando Conflitos”. Saiba por que a mulheres não estão ocupando tantos espaços de poder O Brasil tem quase 105 milhões de Mulheres como prediz o IBGE no Censo 2022. Porém, apenas 16% de mulheres ocupam cargos de poder, mesmo sendo mais de 50% do eleitorado. Em 2022 foram eleitas 17% de Deputadas Federais e 12% para o Senado. Para governadora concorreram 38 mulheres e para Vice Governadora 94 e só 2 Estados são governados por mulheres. Foram eleitas 12% de mulheres para Prefeitas num universo de 5. 500 municípios. Pudera… Ocupar a política não tem sido simples Por um bom tempo, o único lugar que a mulher poderia sonhar era o lar doce lar e ainda bem que muitas foram aos poucos se rebelando, furando a bolha e ocupando espaços públicos que eram dominados por homens. Atualmente as mulheres representam 46% do total de filiados aos partidos políticos de acordo com o TSE o que indica indubitavelmente seu interesse na política. De qualquer forma, ainda pode ser penoso o trajeto da mulher que pretende ocupar a política. Não é impossível, tanto que temos muitas mulheres para nos inspirar e outras que ainda irão despertar para essa ceara da vida. Mas, tem os seus entraves, e como tem! O maior deles é a violência contra a mulher. A violência nossa de cada dia no contexto de um mundo machista, onde a mulher, mesmo que seja empreendedora, autônoma ou assalariada, ainda é responsabilizada pela maioria das tarefas domésticas, alimentação de todos e o cuidado com os membros da família, sejam idosos ou doentes. Não bastasse isso, ainda está sujeita à outras violências que vão se sobrepondo umas às outras. Uma delas é, não velada, mas, “camuflada.” Aquela em que a mulher encontra dificuldades criadas para inviabilizar o seu projeto de poder. Os próprios partidos políticos já fizeram blindagens quando não se tinha a lei de cotas, e depois nos fizeram de “laranjas” para cumprir as cotas por pura conveniência em obter o registro no Tribunal, sem o qual não poderiam disputar o pleito. Quem decide se as mulheres avançam nos espaços? Até outro dia, não repassavam verbas do fundo partidário, agora repassam de maneiras questionáveis e somente porque são obrigados por lei. E mesmo assim, a coisa não é transparente e depende muito de quem está na direção do partido, geralmente um homem. Esse modelo de existir é replicado nos Conselhos, nos órgãos públicos, na iniciativa privada, em todas as instâncias da vida. Veja que a mulher precisa ultrapassar várias barreiras que lhe são impostas para que possa alçar um lugar que também lhe pertence. E esse lugar, diga-se de passagem, não serve somente para representar os interesses da mulher, ou seja, legislar para as pautas de mulheres o que é perfeitamente legítimo. Mas, vai muito além, principalmente para que a mulher possa colocar seu olhar nas pautas de interesses variados e coletivos e colaborar com a sua visão de mundo. Perspectivas sobre a violência contra mulheres Claro que a violência é um fenômeno que ocorre no mundo todo e sabemos que o Brasil é o 5o lugar no “ranking” mundial da violência contra a mulher. Sabemos também que essa violência é um resquício do patriarcado, da escravidão e colonialismo e que imperam até os dias de hoje e é com isso que temos que lidar. Por fim, estamos vivendo tempos sombrios de guerras e uma crise humanitária sem precedentes em vários lugares do mundo com a distopia na geopolítica e o recrudescimento de tiranias em que uma mulher pode, e foi assassinada porque saiu na rua sem o véu. Então o véu ou o costume, a lei divina, ou seja lá o que for vale mais do que a vida humana? É aí que entra a importância da representatividade da mulher em cargos de poder de maneira equitativa e isso, e somente isso é que vai garantir a existência e a persistência da DEMOCRACIA como um valor supremo para a vida, a liberdade! Precisaremos inovar com as infinitas possibilidades de se exercer a democracia como um modo de vida… Como diz Augusto de Franco: “…modo pazeante de regulação de conflitos na vida comum ou na convivência social cotidiana. Quando se vai organizar qualquer coisa, quando se vai interagir com alguém, sobretudo para se fazer um empreendimento coletivo, pode-se adotar processos democráticos…” Gostou da Coluna de Alice Peliçario? Acompanhe as próximas em quemterepresenta.com.br e nos siga no Instagram @_quemterepresenta.