Política da coletividade para gerar transformação

Barbara Barros

Por Barbara Barros

Barbara Barros é cria da Zona Oeste, filha de mãe professora e pai taxista, que acredita na política da coletividade para gerar transformação social. Sua trajetória é marcada pelo acesso à educação e pelas oportunidades. Formada em Administração Pública pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Barbara é a primeira pessoa da sua família a ingressar em uma universidade pública. Foi uma das seis brasileiras a participar do intercâmbio summer camp da GAKKO, no Japão. Barbara é uma liderança jovem reconhecida pela sua forte atuação na pauta da mobilidade urbana e pelo seu ativismo socioambiental. Está como candidata a vereadora na cidade do Rio de Janeiro para lutar por um projeto de cidade inclusivo e com qualidade de vida para todos.

Política da coletividade para gerar transformação

Nasci e cresci na Zona Oeste. Sou filha de uma mãe professora, um pai taxista e irmã do meio de dois filhos. Minha trajetória é marcada por diversos desafios e desigualdades que atravessam a vida do trabalhador diariamente. Mas foi o acesso à educação, a oportunidade e a coletividade que mudaram o rumo da minha vida.

Conheci de perto a dor causada pela desigualdade, pelo transporte público precário e pelas horas que perdemos no trânsito para correr atrás dos nossos sonhos.

Durante boa parte da minha vida, atravessei a cidade do Rio diariamente para seguir uma rotina que também faz parte da de muitos cidadãos: estudar e trabalhar. 

Saía da Vila Kennedy, ia para o Centro da cidade e depois seguia rumo à Seropédica estudar a minha tão sonhada faculdade de Administração Pública na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Ser a primeira da minha família em uma Universidade Pública era incrível, mas repleto de desafios. Passava mais tempo no trânsito do que dentro de casa com a minha família. 

Essas vivências, certamente, moldaram a Barbara que sou hoje. Seja no transporte público (por vezes precário), nas horas de trânsito e dentro da minha comunidade, uma coisa eu aprendi: a coletividade pode transformar realidades. E foi assim que a minha mudou.

Se hoje ocupo um espaço onde a minha voz pode representar tantas outras, foi porque ainda na minha infância minha mãe me mostrou a importância de partilhar e anos depois a comunidade que eu fui criada mudou a minha vida com o poder da coletividade.

Se eu pude realizar o intercâmbio no Japão, foi graças à vakinha que a Vila Kennedy se uniu para fazer e por acreditarem em mim. Foi graças ao incentivo à educação que tive desde muito nova dentro de casa. Desde então, três palavras me acompanham e que eu sigo transformando em ação: coletividade, educação e oportunidade.

Sou uma mulher, jovem, preta e de favela que rompeu barreiras e alcançou lugares que por muito tempo nos foram negados.

Mas eu sou uma exceção e a minha luta é para que pessoas como eu tenham cada vez mais oportunidades, educação e transporte público de qualidade e uma vida digna.

Conheci diversos cantos do Rio de Janeiro durante minhas horas de trânsito e passagem pela cidade, sei da importância da mobilidade urbana para o cidadão e como a educação pode transformar vidas. Senti as dores e precisei aprender as soluções.

A política da coletividade moldou quem eu sou hoje. Por isso, estou como candidata a vereadora da cidade do Rio de Janeiro para defender, trabalhar e buscar melhorias para cada morador, jovem e trabalhador da nossa cidade. Quero usar a minha voz para mostrar que com política de qualidade é possível transformar a exceção em regra.

A juventude pode pautar um futuro onde o acesso aos direitos, à educação e às oportunidades são uma realidade. Mas para isso, precisamos de dignidade para realizar e educação para transformar!

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